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“Brasil vive momento positivo e deve superar marcas históricas na proteína animal”, diz Santin

Projeções da ABPA indicam recordes históricos para o Brasil em proteína animal, mesmo após desafios sanitários e tarifários

O Brasil caminha para novos recordes na produção e nas exportações de proteína animal em 2025, conforme as projeções divulgadas pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). A Gessulli Agrimídia acompanhou a coletiva de imprensa, realizada em São Paulo nesta quarta-feira (20), onde a entidade destacou que, apesar de desafios como a confirmação pontual de Influenza Aviária no primeiro semestre e os impactos recentes do “tarifaço” dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, o setor mantém um cenário positivo.

De acordo com o presidente da ABPA, Ricardo Santin, a avicultura, a suinocultura e o setor de ovos deverão registrar expansão tanto no mercado interno quanto externo.

“Temos expectativas positivas para o fechamento deste ano, mesmo diante do grande desafio vivenciado pelo setor produtivo de aves. O mercado global segue altamente demandante por proteínas, e o Brasil se mantém como protagonista nesse cenário. O mesmo é visto em nosso mercado interno, com projeções de alta de consumo nas três proteínas”, afirmou Santin.

Ovos: Brasil entra no top 10 de consumo mundial

A produção de ovos deve alcançar até 62 bilhões de unidades em 2025, alta de 7,5% sobre 2024. O consumo interno deve crescer 7,1%, atingindo 288 unidades per capita. O avanço colocará o Brasil, pela primeira vez, entre os dez maiores consumidores mundiais.
As exportações devem mais que dobrar, chegando a 40 mil toneladas, o que representa alta de 116,6% frente ao ano anterior.

“A forte expansão do consumo e a manutenção de mercados estratégicos devem consolidar os ovos como base da segurança alimentar no País. No mercado internacional, seguimos confiantes na reabertura de mercados demandantes, como o Chile”, destacou Santin.

Carne de frango: retomada após crise sanitária

A produção de carne de frango deverá atingir 15,4 milhões de toneladas em 2025, crescimento de 3% frente a 2024. O consumo per capita deve subir para 47,8 kg, voltando a patamares históricos.

Já as exportações devem somar 5,2 milhões de toneladas, recuo de 2% em relação a 2024, mas com expectativa de recuperação em 2026.

“O ano foi marcado pela superação da maior crise da história do setor, com a identificação da Influenza Aviária em uma granja comercial. A situação já foi superada e a maioria dos mercados retomou as importações, permitindo ao Brasil manter exportações em níveis próximos aos recordes do ano passado”, avaliou o presidente da ABPA.

Carne suína: novos patamares de produção e exportação

Na suinocultura, a produção deve chegar a 5,45 milhões de toneladas em 2025, avanço de 2,7% sobre 2024. O consumo interno deve atingir 19 kg per capita, enquanto as exportações podem alcançar 1,45 milhão de toneladas, alta de 7,2%.
Entre os principais destinos, destacam-se o crescimento das vendas para Filipinas, México, Singapura e países da América do Sul.

“A suinocultura brasileira deverá registrar novos patamares de produção, consumo e exportações em 2025, todos em níveis recordes. Essa reconfiguração, com mercados emergentes em ascensão, reforça o protagonismo do Brasil no cenário global”, completou Santin.

 

Perspectivas

Com expansão simultânea em ovos, frango e suínos, o Brasil consolida sua posição de fornecedor estratégico de proteína animal ao mundo. A ABPA reforçou ainda a importância de avançar nas negociações comerciais diante de barreiras como as novas tarifas dos EUA, buscando maior diversificação de destinos.

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